Time Carne de Pescoço Campeão Gaúcho de Basquete de Rua.
O time que faturou o título de melhor time de basquete de rua do estado no dia 17/09/2011, esteve na capital carioca.
Confira a matéria!
Texto Daniele Ribeiro, Alyne Rangel e José Siqueira
A sétima etapa do LIIBRA 2011 começou quente. Rolou cartão vermelho, azul, choveram cestas de três pontos e enterradas . Aconteceu a LIIBRA masculina e a LIIBRINHA. Os caras mandaram muito bem no basquete de rua e mostraram que o talento para o basquete vem de cedo, e de todos os cantos do Brasil. O DJ e os MC's animaram a galera ao som de muito Rap e Hip Hop na quadra.
Ao longo do final de semana, além do público conferir os melhores times dessa temporada de todo o país, também pode aproveitar as apresentações de Break e o Bradan, a pista de skate, o torneio de skate, os grafiteiros da CUFA e o TRACON, as musas da LIIBRA, as Liibretes, pintura facial, roda de capoeira, apresentação de kickbox e muito mais!
DJ na pick up com o melhor do RAP pra galera!
O público estava presente, curtindo muito basquete de rua.
JOGOS
* Primeiro Período
Time Carne de Pescoço em quadra! Rio Grande do Sul 12 x 9 Brasília
A bola é do sul, mas Brasília rouba de mão e não converte. Brasília joga a bola para dois pontos mas ela não cai. Lance livre mais posse de bola para Rio grande do sul que não converte. Outro lance livre para Rio grande do sul que ao converte. Na LIIBRA marcação por zona leva cartão amarelo. Rio Grande do Sul converte e inaugura o placar. Já vamos pelo meio do período e o placar esta de jogo de futebol... Lance livre para o Sul que converte seu segundo ponto. Outro lance livre para o Sul que converte. Brasília converte seu primeiro ponto. E no rebote Sul converte. 4x1 para Rio grande do Sul . Brasília perde um ponto por cartão azul. E o Sul converte, 5x0. Sul sobe e converte. Brasília sobe um abola de três e converte. Brasília converte mais um e se aproxima o placar. Fim do primeiro período em 6x4.
* Segundo Período
Rio Grande do Sul 12 x 9 Brasília
O período começa mais acirrado, agora a diferença é de só dois pontos. A bola chora e não cai para a galera de Brasília. O ponto do período é de Brasília que passa a frente! O sul corre atrás da vantagem e maracá cesta de dois! Brasília converte mais um e tudo igual na quadra. Agora sim a chapa esquenta! O Sul converte mais um. O sul marca dez pontos, Brasília marca outro. Cartão vermelho para a equipe do Sul e eles perdem dois pontos. Mais um minuto e meio do jogador 07 fora de quadra. Agora o placar esta 9x8 para Brasília. Brasília joga bola para três mas não converte. Ainda na jogada Brasília converte. O número 13 de Brasília é eliminado com 5 faltas do jogo. Lance livre para o Sul que converte. Menos de um minuto pra o fim do jogo e só um ponto de liderança para Brasília. Lance livre para Brasília que não converte. O sul passa frente No placar que converte dois. Cartão azul para Brasília que perde um ponto, lance livre para Brasília que converte. 12x9 para o Sul.
Resultado Final: Rio Grande do Sul 12 x 9 Brasília
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Rio Grande do Sul 17 x 15 Tocantins
* Primeiro Período
Posse de bola do sul que não converte. Tocantins encara a marcação sobe e não cai. O 25 de tocantins arrasa do freestyle. Lance livre para o Sul que não converte. Tocantins nop ataque faz o jump e converte o primeiro pontos da partida. Tocantins converte mais um. Lance livre para o Sul que não marca. Tocantins enterra a bola e marca dois pontos. Rio grande do sul converte cesta de dois. No lance livre sul converte e o placar fica apertado, 4x3 para Tocantins. Sul no ataque, falta. Lance livre para o Sul que não converte. O período vai terminado e Tocantins marca mais dois. Tocantins sobe a bola para três e cai. Sul nãolança a bola, ela chora e cai, tudo igual. Fim de período.
* Segundo Período
O período começa e Sul já volta enterrando dois pontos. Tocantins converte um. Tocantins converte mais dois e passa a frente. 8x7 para Tocantins. Os caras aumentam a vantagem a vantagem agora de dois pontos. O sul converte seguidamente e e passa a frente, 12x10. O Sul converte mais um ponto e o período vai terminando mas os cars de Tocantins não desistiam do jogo. Lance livre para o Sul que não coverte. Outro lance livre para o Sul que converte. A bola chora e não cai para Tocantins. Sul converte mais uma. O período esta no minuto final e 17x10 para o Sul que vai vencedo de virada. Cartão amarela para o Sul, lance livre para Tocantins que converte. TocantinS falatando oito segundos lança cesta de quatro pontos e converte!!!
Resultado Final: Rio Grande do Sul 17 x 15 Tocantins
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* Primeiro Período
Partida Rio Grande do Sul 12 x 16 Paraná
Começa o primeiro período de um jogo que promete. A posse de bola começa com PR, mas ninguém marcou até agora. RS marca primeiro ponto, mas PR vira numa jogada de dois pesos. A partida tá bonita, começou bem. Jogador 5 PR faz ligação direta pra seu parceiro, que marca sem problemas. RS tenta de todo jeito, mas vacila, e faz falta, dando ponto pro adversário. 3 x 7 no placar. RS tenta, mas a bola não vai. Falta mandinga. RS no ataque novamente, 32 sobe mas é cortado antes de se armar. Jogador 0 do PR faz cesta de dois pontos, cheio de estilo, ele. E é ele quem marca agora outra vez. Faltando segundos pra acabar, camisa 13 RS faz cesta. Fim de tempo: 5 x 10.
* Segundo Período
Começa segundo tempo no mesmo ritmo que terminou o primeiro. Camisa 0 PR tenta ovinho nas pernas do adversário, mas não funcionou. RS faz ponto em cesta livre. A chapa tá quente. RS tá tentando a todo custo reduzir o placar. PR faz bela jogada. Camisa 5 lança pro camisa 0, que crava no jump. Três minutos pra acabar o jogo, placar 9 x 12. Camisa 0 aproveita a folga pra chamar o adversário pra ginga, que dança com ele, e toma a bola. Numa disputa mano a mano, PR perde a bola de novo. Camisa 0 brinca e se enrola, mas o adversário tomou um belo dum sprite no aro. O tempo vai se esgotando e PR segue líder. Jogo vai chegando ao fim como começou, muito disputado. Contagem regressiva e... falta, restando dois segundos de jogo, que serve somente pro PR aumentar o resultado a seu favor: 12 x 16.
Resultado Final: Rio Grande do Sul 12 x 16 Paraná
Quer saber mais sobre os jogos que rolaram no Rio de Janeiro? Acesse http://www.liibra.com/
Até 2012!
Parabéns Carne de Pescoço
Debate sobre a juventude
Mesa de Abertura
Para a deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB/RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Inclusão da Câmara Federal, chegou a hora de mudar o enfoque das discussões que envolvem a juventude, reconhecendo, com políticas públicas intersetoriais a importância deste segmento no desenvolvimento e no futuro de Brasil. A parlamentar foi mediadora do seminário Juventude e Desenvolvimento Rural, realizado nesta segunda-feira (26) na Assembleia Legislativa, dentro do programa Destinos e Ações para o Rio Grande. Conforme ela, o debate será estendido para as outras regiões do país. “Estamos abrindo este ciclo em Porto Alegre e vamos levar esta pauta para outras cidades-polo, pois entendemos que a juventude não pode estar excluída deste novo Brasil que estamos construindo”, argumentou a deputada.
Entre as maiores preocupações dos participantes, está a questão da educação. Segundo dados oficiais, 47% dos jovens brasileiros não chegam ao ensino médio. “Esta é uma prioridade absoluta, é a base para pensarmos outros avanços e conquistas”, defendeu Manuela, que ainda falou sobre a complexidade do tema. “A juventude compreende várias etapas da nossa existência, portanto precisamos ações direcionadas tanto para adolescentes de 14 anos como para adultos de 30, muitos já com famílias constituídas e com uma realidade diferenciada. Se para o primeiro, o Estado tem que garantir acesso à escola, o segundo quer estar incorporado a programas de moradia e geração de renda, por exemplo. Se o jovem mora na periferia, os desafios são ainda maiores, pois se os órgãos públicos não garantem direitos e oportunidades, a falta de perspetiva pode dar espaço à violência, às drogas e à criminalidade”, avaliou a deputada, que defendeu a ampliação dos espaços culturais para a juventude e invistimentos em infraestrutura para atender as demandas da juventude, como creches noturnas para que jovens mães possam frequentar escolas e universidades, exemplificou. "Este país ainda é um país jovem, mas daqui a trinta anos a pauta não será mais o jovem", referiu.
Na opinião do Manoel Soares, coordenador estadual da Central Única de Favelas (Cufa), os impactos na juventude do crescimento econômico registrado no Brasil e no Rio Grande do Sul no último período estão muito aquém do ideal, pois, principalmente na periferia, o número de jovens sem acesso à educação, à cultura, ao esporte, a saúde, à comunicação e ao emprego é ainda é muito grande. Para ele, além da obrigação do Estado em assegurar serviços básicos, o jovem deve buscar investir em si mesmo e romper preconceitos. “Os estudiosos costumam dizer que há gap (lacuna) entre os aspectos positivos do desenvolvimento e a juventude, como se os jovens habitassem um buraco social. Desde que comecei a atuar na Cufa, vi 36 jovens morrerem e se não sairmos deste buraco outros jovens continuarão sendo enterrados”, alertou Manoel.
Territórios vulneráveis
O coordenador do Protejo, programa vinculado ao Pronasci (Programa Nacional de Segurança e Cidadania) do Ministério da Justiça, dirigido a jovens moradores de comunidades vulneráveis à violência, Neri da Costa, ressaltou a obrigação do Estado de buscar novos caminhos para enfrentar a descoesão social que não alimentem o círculo vicioso da violência. “Os problemas constatados nestes territórios são apenas a multiplicação da realidade que encontramos em vários outros locais, ou seja, a estigmatização e a marginalização da juventude. O Estado brasileiro tem uma dívida histórica com este público. Jovens em conflito com a lei não são mero caso de polícia e se não conseguirmos mudar esta cultura não vamos conseguir barrar o círculo da violência, da drogadição, da criminalidade e da morte precoce destes cidadãos. Investir na juventude é investir no futuro do País, sustentou Costa. No Rio Grande do Sul, uma primeira experiência do Protejo está sendo desenvolvida em Novo Hamburgo, onde 300 jovens, entre 15 a 24 anos, foram selecionados para participarem de atividades de inclusão digital, oficinas de comunicação comunitária, cursos e outras atividades de capacitação e lazer.
Realidade específica
As questões específicas dos jovens do campo foram avaliadas por Ana Tereza Ferreira, da Coordenação de Desenvolvimento Humano do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo ela, os problemas da juventude do campo passam não só pelo acesso à terra, à educação ou à inserção produtiva. “Este grupo é visto como uma categoria chave para a segurança alimentar e nutricional do país. Se os jovens continuarem a optar pelas cidades, quem vai alimentar o país nas próximas décadas?”, questionou a representante do MDA. Conforme ela, o jovem do campo enfrenta um desafio a mais no momento de afirmar sua autonomia. “Nestas estruturas, o jovem vive um dilema extra, pois geralmente o pai tem o comando e, mesmo trabalhando, o jovem mantém uma relação de dependência com a família, o que significa um motivo a mais para ele buscar sua independência nos grandes centros”, apontou, explicando que a situação das mulheres jovens é ainda mais delicada. “Nestes casos, o preconceito de gênero é um obstáculo a mais a ser superado”.
Participantes
Acima na foto, Eliane e Janaína da CUFA, Coordenadora da Canoas. Também estiveram presentes Tatiane Chaves, Coordenadora da CUFA Guaíba e Rogério Santos, Coordenador da CUFA Montenegro.
Também participaram do seminário Getúlio Vargas, diretor de juventude da Conam – Confederação Nacional das Associações de Moradores, o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT/RS), o deputado estadual Jeferson Fernandes (PT) e Marden José de Andrade, coordenador de conflitos fundiários urbanos da Secretaria Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades.
Os próximos debates promovidos pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, em parceria com a CUFA, acontecerão em Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro e Brasília.
#SaiunaMídia
Rachel Duarte - Sul21
Debate antigo, o êxodo rural de jovens é uma realidade cada vez mais presente no Brasil. O desenvolvimento territorial está afetando diretamente esta camada da população, que se vê em constante dilema pessoal entre o campo e a cidade. Ao chegar aos centros urbanos, muitos ficam vulneráveis e não raro são tentados ao mundo do crime. Autoridades federais e gaúchas iniciaram um novo processo de redefinição das políticas públicas necessárias para atender de forma igualitária a juventude rural e urbana. O primeiro debate ocorreu nesta segunda-feira (26) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1996 e 2006 o número de jovens com até 29 anos que deixaram o campo chegou a três milhões. “Nos jovens rurais está depositada a continuidade da atividade agrícola das famílias do campo, que são responsáveis pela capacidade produtiva do país e em manter a soberania alimentar do Brasil”, alerta a coordenadora de Desenvolvimento Humano do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ana Tereza Ferreira.
O principal problema da migração dos jovens para o campo é a falta de acesso a bens culturais e a falta de autonomia no campo, explica a coordenadora. “O campo envelheceu e os jovens rurais também querem ter acesso aos bens das demais juventudes. Na sua atividade no campo eles não são autônomos e precisam dividir a renda com o pai, dono da propriedade. Com as mulheres a subordinação é ainda maior”, salienta.
Ainda de acordo com o IBGE, os jovens brasileiros entre 15 e 29 anos têm um nível de escolaridade 50% maior do que os que moram no campo. A diferença entre os analfabetos é seis vezes maior no meio rural, por isso, a busca para uma vida melhor na cidade está na esperança de uma elevação da escolaridade.
O jovem não é marginalizado apenas pela escassez de incentivos para uma melhor vida e autonomia no meio rural. Outro fator é a expansão desordenada de territórios periféricos no último período. De acordo com o representante da Secretaria Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, Marden José de Andrade, desde a década de 70 até 2007, mais de 150 milhões de habitantes passaram a viver nos centros urbanos. “Atualmente, 40% da população brasileira vive em regiões metropolitanas. Nestes aglomerados o crescimento populacional é desordenado e facilita para a escassez de serviços públicos”, justifica.
Segundo ele, estão previstos no Orçamento da União para 2012, recursos específicos para resolução de conflitos fundiários urbanos. “Criamos a Política Nacional de Prevenção a Conflitos Fundiários Urbanos e queremos evitar estes conflitos”, explica.
Criminalidade
Territórios vulneráveis, como as periferias, favorecem a violência e a organização criminosa. Neste contexto, a população jovem mais uma vez é a mais exposta aos fatores externos, devido à carência de políticas públicas específicas para a juventude. “Há décadas se debate a juventude e todos dizem que os jovens são o principal foco das ações sociais do Estado brasileiro. Mas, se é verdade que o país vive um bom momento na sua economia, geração de renda e habitação, também é verdade que falta pensar na inclusão dos jovens nestas políticas”, critica a deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB).
A parlamentar, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, defende que é preciso manter o jovem no espaço rural com acesso à internet e com autonomia para sua própria moradia. Ela também sugere valorizar as potencialidades dos jovens como forma de desenvolver políticas assertivas. “Não queremos formar robôs. Precisamos oferecer oportunidades que não deixem os jovens dependentes, como oferecer microcrédito para os que produzem cultura alternativa”, exemplifica.
Neri da Costa, coordenador nacional do Projeto de Proteção de Jovens em Território Vulnerável (Protejo), do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), avalia que o programa é importante para combater a violência e competir com o crime. Por outro lado, a política está sendo redefinida pelo governo federal. “Estamos rediscutindo a metodologia do projeto. Ele foi implantado em 2007. Agora estamos revendo a grade de ações, a possibilidade de vínculo com outros projetos para que, em 2012, ele seja mais exeqüível”, afirma.
O Protejo presta assistência, por meio de programas de formação e inclusão social, a jovens adolescentes expostos à violência doméstica ou urbana ou que vivam nas ruas. O trabalho tem duração de um ano, prorrogável por mais um, e tem como foco a formação da cidadania desses jovens por meio de atividades culturais, esportivas e educacionais. “A Praça da Juventude, na Vila Bom Jesus (em Porto Alegre) também é uma ação do Pronasci e poderia ajudar na disputa com o crime, mas os recursos também foram perdidos”, critica o diretor de Juventude da Confederação Nacional das Associações de Moradores, Getúlio Vargas.
Atitude consciente
O coordenador da Central Única das Favelas do Rio Grande do Sul (Cufa-RS), Manoel Soares, acredita que as políticas públicas podem ser as melhores, mas, sem uma formação cidadã, serão sempre insuficientes. Ativista das iniciativas sociais nas periferias gaúchas, o comunicador é contrário aos críticos aos jovens do século 21. “Não acredito que é só a juventude de 64 que era inteligente e politizada. Isso é um pensamento antigo”, fala. Manoel alerta que os jovens precisam ser mais protagonistas do Brasil de hoje. “Não dá pra ficar só vendo Crepúsculo ou ouvindo Restart. Quem tem o poder na mão para se contrapor as deficiências do sistema são vocês”, completa.
LIIBRA NO VIADUTO IMPERATRIZ
No último dia 17, sábado, o Viaduto Imperatriz Dona Leopoldina foi o palco de mais uma Etapa Estadual da Liga Internacional de Basquete de Rua, marcando a volta da LIIBRA RS para este espaço. Times veteranos e iniciantes no campeonato deram um show de basquete e integração embalados pelo som do Dj Abu, que mais uma vez trouxe seu repertório refinado de Rap e Hip Hop para a quadra.
Cumprindo seu objetivo de inclusão social e fortalecimento da cidadania, a LIIBRARS reuniu crianças e jovens das periferias e do centro da cidade em um clima de descontração e atividades lúdicas, paralelas aos jogos.
Durante todo o dia os jogadores e o público em geral puderam curtir apresentações culturais como o MC Rafael do Morro Santa Tereza, batalha de MC com Manoel Soares e desafios de Freestyle.
Em um final emocionante, o time Carne de Pescoço levou o título de campeão gaúcho de Basquete de Rua. Em segundo lugar ficou o Jaws e em terceiro o Santa Cruz. Após a premiação, tudo foi uma grande festa.
Jaws, tri campeão gaúcho de basquete de rua, esse ano levou o vice! Fantástico placar na final!
Carne de Pescoço fez bonito e levou o troféu de melhor do estado.
Com o patrocínio da Petrobrás e Corag e apoio do Governo do Estado, Prefeitura de Porto Alegre e RBSTV, a CUFA RS oportuniza mais um ano ao time vencedor não apenas disputar a etapa nacional no Rio de Janeiro, mas também dar visibilidade ao Basquete de Rua como esporte e aos jogadores como atletas que merecem investimento.
Sinta mais um pouco o clima que rolou na LIIBRA RS 2011 com fotos e o Hino feito especialmente para a LIIBRA RS pelo rapper Hantaru.
A CUFA RS agradece a todos pela participação e continuamos acompanhando a LIIBRA Etapa Nacional que acontece nos próximos dias 23, 24 e 25 de setembro, em Madureira\RJ.
Tem mais fotos no orkut da LIIBRA RS, confere lá www.orkut.com/liibrars
JA - RBS TV
Globo Esporte
Debate sobre a juventude
Os próximos debates promovidos pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias,em parceria c/a CUFA, acontecerão no CE, DF, RJ e MA
Mesa de Abertura
Para a deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB/RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Inclusão da Câmara Federal, chegou a hora de mudar o enfoque das discussões que envolvem a juventude, reconhecendo, com políticas públicas intersetoriais a importância deste segmento no desenvolvimento e no futuro de Brasil. A parlamentar foi mediadora do seminário Juventude e Desenvolvimento Rural, realizado nesta segunda-feira (26) na Assembleia Legislativa, dentro do programa Destinos e Ações para o Rio Grande. Conforme ela, o debate será estendido para as outras regiões do país. “Estamos abrindo este ciclo em Porto Alegre e vamos levar esta pauta para outras cidades-polo, pois entendemos que a juventude não pode estar excluída deste novo Brasil que estamos construindo”, argumentou a deputada.
Entre as maiores preocupações dos participantes, está a questão da educação. Segundo dados oficiais, 47% dos jovens brasileiros não chegam ao ensino médio. “Esta é uma prioridade absoluta, é a base para pensarmos outros avanços e conquistas”, defendeu Manuela, que ainda falou sobre a complexidade do tema. “A juventude compreende várias etapas da nossa existência, portanto precisamos ações direcionadas tanto para adolescentes de 14 anos como para adultos de 30, muitos já com famílias constituídas e com uma realidade diferenciada. Se para o primeiro, o Estado tem que garantir acesso à escola, o segundo quer estar incorporado a programas de moradia e geração de renda, por exemplo. Se o jovem mora na periferia, os desafios são ainda maiores, pois se os órgãos públicos não garantem direitos e oportunidades, a falta de perspetiva pode dar espaço à violência, às drogas e à criminalidade”, avaliou a deputada, que defendeu a ampliação dos espaços culturais para a juventude e invistimentos em infraestrutura para atender as demandas da juventude, como creches noturnas para que jovens mães possam frequentar escolas e universidades, exemplificou. "Este país ainda é um país jovem, mas daqui a trinta anos a pauta não será mais o jovem", referiu.
Na opinião do Manoel Soares, coordenador estadual da Central Única de Favelas (Cufa), os impactos na juventude do crescimento econômico registrado no Brasil e no Rio Grande do Sul no último período estão muito aquém do ideal, pois, principalmente na periferia, o número de jovens sem acesso à educação, à cultura, ao esporte, a saúde, à comunicação e ao emprego é ainda é muito grande. Para ele, além da obrigação do Estado em assegurar serviços básicos, o jovem deve buscar investir em si mesmo e romper preconceitos. “Os estudiosos costumam dizer que há gap (lacuna) entre os aspectos positivos do desenvolvimento e a juventude, como se os jovens habitassem um buraco social. Desde que comecei a atuar na Cufa, vi 36 jovens morrerem e se não sairmos deste buraco outros jovens continuarão sendo enterrados”, alertou Manoel.
Territórios vulneráveis
O coordenador do Protejo, programa vinculado ao Pronasci (Programa Nacional de Segurança e Cidadania) do Ministério da Justiça, dirigido a jovens moradores de comunidades vulneráveis à violência, Neri da Costa, ressaltou a obrigação do Estado de buscar novos caminhos para enfrentar a descoesão social que não alimentem o círculo vicioso da violência. “Os problemas constatados nestes territórios são apenas a multiplicação da realidade que encontramos em vários outros locais, ou seja, a estigmatização e a marginalização da juventude. O Estado brasileiro tem uma dívida histórica com este público. Jovens em conflito com a lei não são mero caso de polícia e se não conseguirmos mudar esta cultura não vamos conseguir barrar o círculo da violência, da drogadição, da criminalidade e da morte precoce destes cidadãos. Investir na juventude é investir no futuro do País, sustentou Costa. No Rio Grande do Sul, uma primeira experiência do Protejo está sendo desenvolvida em Novo Hamburgo, onde 300 jovens, entre 15 a 24 anos, foram selecionados para participarem de atividades de inclusão digital, oficinas de comunicação comunitária, cursos e outras atividades de capacitação e lazer.
Realidade específica
As questões específicas dos jovens do campo foram avaliadas por Ana Tereza Ferreira, da Coordenação de Desenvolvimento Humano do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo ela, os problemas da juventude do campo passam não só pelo acesso à terra, à educação ou à inserção produtiva. “Este grupo é visto como uma categoria chave para a segurança alimentar e nutricional do país. Se os jovens continuarem a optar pelas cidades, quem vai alimentar o país nas próximas décadas?”, questionou a representante do MDA. Conforme ela, o jovem do campo enfrenta um desafio a mais no momento de afirmar sua autonomia. “Nestas estruturas, o jovem vive um dilema extra, pois geralmente o pai tem o comando e, mesmo trabalhando, o jovem mantém uma relação de dependência com a família, o que significa um motivo a mais para ele buscar sua independência nos grandes centros”, apontou, explicando que a situação das mulheres jovens é ainda mais delicada. “Nestes casos, o preconceito de gênero é um obstáculo a mais a ser superado”.
Participantes
Acima na foto, Eliane e Janaína da CUFA, Coordenadora da Canoas. Também estiveram presentes Tatiane Chaves, Coordenadora da CUFA Guaíba e Rogério Santos, Coordenador da CUFA Montenegro.
Também participaram do seminário Getúlio Vargas, diretor de juventude da Conam – Confederação Nacional das Associações de Moradores, o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT/RS), o deputado estadual Jeferson Fernandes (PT) e Marden José de Andrade, coordenador de conflitos fundiários urbanos da Secretaria Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades.
Os próximos debates promovidos pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, em parceria com a CUFA, acontecerão em Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro e Brasília.
Formação de Núcleo de Justiça Comunitária é início de Território de Paz do Mathias Velho e Harmonia
Moradores, representantes de diversas regiões dos bairros Mathias Velho e Harmonia, participaram da reunião promovida pela Secretaria Municipal de Segurança Pública e Cidadania (SMSPC) a fim de projetar a formação do Núcleo de Justiça Comunitária da região. O encontro, histórico, é a primeira ação de efetivação para a implantação de um Território de Paz abrangendo os dois bairros, denominado Grande Mathias.
A atividade foi realizada na noite desta quinta-feira, 22, no Centro Social Urbano do bairro Mathias Velho.
Acompanhado por diretores de projetos da SMSPC, o titular da pasta, Eduardo Pazinato, explicou aos moradores e lideranças comunitárias presentes a dinâmica de implantação e funcionamento do Território de Paz Guajuviras, o primeiro de Canoas, onde os resultados na redução de violência são significativos. “Somos privilegiados por podermos ter em nossa cidade dois Territórios”, frisou.
A implantação de um Território de Paz na Grande Mathias (bairros Mathias Velho e Harmonia) é pleiteada pela prefeitura participando dos editais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – Pronasci. O esforço do poder executivo se justifica pelos números. Cerca de 52% dos homicídios registrados no 1º semestre deste ano em Canoas foram na região dos dois bairros. “O Pronasci é uma política ampliada que contempla segurança e questões sociais. A instalação de um Território de Paz já inicia com a formatação de um Núcleo de Justiça comunitária”, disse o secretário Eduardo.
NÚCLEO
Após, o integrante da OSCIP Guaiy, que coordena junto a SMSPC o Núcleo de Justiça Comunitária no Território de Paz Guajuviras, Vagner Moura, apresentou o trabalho que é realizado no bairro do lado leste da cidade. “Em pouco mais de um ano, já superamos nossa meta, que era de 720 atendimentos. Até agosto, tínhamos o registro de 1494 atendimentos”, explicou. Desse total, 80% das mediações tiveram acordo. Entre os conflitos grande parte compreende situações em escolas, relações familiares, posse e terrenos, vizinhança e cobranças de condomínios. “Este último caso se aplica por que o bairro Guajuviras tem muitos apartamentos, mas vamos trabalhar sempre de acordo com a realidade local”, falou.
O QUE É ?
O Núcleo de Mediação comunitária tem como objetivo informar e orientar sobre os direitos dos cidadãos e colaborar para que a comunidade resolva seus conflitos através do diálogo, de forma respeitosa, sigilosa, pacífica, solidária e criativa. A mediação colabora para acontecer o diálogo e na busca de solução de conflitos, problemas ou questões pendentes com vizinhos, familiares, amigos, órgãos, públicos e privados, entre outros. Para isto o projeto conta com agentes comunitários de mediação e equipe multiprofissional.
MAIS REUNIÕES
Conforme o secretário Eduardo Pazinato, o resultado deste encontro foi positivo e demonstrou o interesse da população em participar junto com o poder executivo da construção do Território de Paz na região. “A comunidade deve participar sugerindo, opinando e se unindo a esse processo”, observou. Outras reuniões acontecerão a fim de formatar a construção coletiva do projeto.
Também estiveram presentes os subprefeito da região Noroeste, Julio Ribeiro e o coordenador de Relações Comunitárias, Oli Borges.
Jesiel B. Saldanha
BLOG DO SECRETARIO DE EDUCAÇÃO PAULO RIITTER
Palestra com Manoel Soares.
‘Na Boa em POA’ reuniu 350 jovens
Projeto promove inclusão social e cidadania entre os estudantes
Shows de dança de rua, coreografias personalizadas e muito bate-papo sobre cidadania, vida social e cultural na cidadel direitos e deveres dos jovens foram atrações do encontro que reuniu mais de 350 estudantes de seis regiões da cidade, na Usina do Gasômetro, na sexta-feira, 9, durante o lançamento oficial do projeto “Na Boa em POA”. Na ocasião foi apresentado o painel “Porto Alegre: juventude e a cidade que queremos construir”, com a participação de Manoel Soares, coordenador da Central Única das Favelas-RS (Cufa).
Durante a abertura do evento, o gerente da secretaria de Coordenação Política e Governança Local (SMGL), Plínio Zalevisky, iniciou a atividade ressaltando o excelente trabalho de integração entre as secretarias envolvidas neste projeto do 5º Congresso da Cidade, referenciando o trabalho realizado pelo Gabinete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa), sob coordenação da mentora do projeto “Na Boa em Poa”, Clarice Abrahão do Inovapoa.
De acordo com o coordenador-geral do Inovapoa, Newton Braga Rosa, um evento como este proporciona ainda mais oportunidades para jovens talentos se destacarem na sociedade onde atuam. “É preciso que cada jovem aqui presente saiba desfrutar ao máximo estas oportunidades de ensino e aprendizagem que serão oferecidas pela organização do 5º Congresso. As oficinas e workshops de diferentes temas que envolvem a nossa democracia são muito importantes e necessárias para a construção da nossa cidadania”, destacou.
Na composição da mesa de abertura do painel “Porto Alegre: juventude e a cidade que queremos construir”,participaram os jovens Patrícia Nascimento, assistente de economia solidária da Oscip Guaiy; Ana Paula Arosi, jovem multiplicadora de cidadania formada pela ONG Themis; Thanise Medeiros, do Programa de Educação Tutorial e Conselho Muncipal da Juventude; Ronaldo, estudante da Ufrgs; João Burzlaff, criadora do site “Mendigo Urbano” e Gabriela Bianchini, voluntária da Parceiros Voluntários no Projeto Tribos. A estudante Eduarda Abrahão foi a facilitadora do encontro representando o Feres – Fórum de Educação da Restinga.
As ações foram coordenadas pelo Gabinete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa) e têm participação das secretarias municipais da Juventude (SMJ), Coordenação Política e Governança Local (SMGL), Direitos Humanos e Segurança Urbana (SMDHSU), Cultura (SMC), Educação (Smed) e Esportes (SME), com apoio da Carris, DMLU, EPTC, Fasc, Procempa e ObservaPoa.
Na boa em POA - O projeto Na boa em POA prevê um conjunto de ações que integram a programação do 5º Congresso da Cidade, voltadas ao público jovem e dentro do conceito da campanha “Porto Alegre. Eu Curto. Eu Cuido”. Ao longo do ano, até dezembro, a Capital será dividida em seis regiões e os jovens da cidade terão a oportunidade de participar de oficinas e workshops de cidadania e tecnologia. O projeto visa integrar as comunidades com diferentes temas: segurança, educação, trabalho, lazer, etnias, mobilidade urbana, cultura e identidade jovem. Serão seis oficinas temáticas em cada região.
Dentro da programação, de 19 de setembro a 3 de outubro, haverá uma oficina de vídeo em cada região (ministrada conjuntamente por educomunicadores e cineastas). Ao final dessas oficinas, será realizada a edição das imagens da mostra audiovisual que os jovens gravarão durante o projeto. Todas estas ações culminarão em uma mostra de vídeos, que acontecerá de forma descentralizada, nas seis regiões da cidade e funcionará como uma etapa de aquecimento do Democracine (mostra de cinema prevista para maio de 2012, ligada à Conferência do Observatório Internacional da Democracia Participativa).
Fonte: /inovapoa
Foto: Guilherme Santos/PMPA
CUFA no 24º SET Universitário
No último dia 14, quarta-feira, o presidente da CUFA Brasil, Preto Zezé (CE), esteve em Porto Alegre a convite da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS para a palestra Mudanças na sociedade: a comunicação na periferia, dentro do 24º SET Universitário.
O SET Universitário é um evento que estimula a troca de experiências entre alunos, professores e profissionais das áreas de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Produção Audiovisual, Cinema e Vídeo. Realizado desde 1988, em duas décadas tornou-se uma referência para estudantes e profissionais.
Logo no início de sua fala, Zezé provocou o público. Primeiro, perguntou quem acredita que existe racismo no Brasil. Quase todos os presentes no auditório levantaram a mão. Mas perguntou para quem é racista, ninguém se manifestou. “Essa é uma complexidade do país, pois a maioria afirma que existe racismo, mas ninguém diz que pratica isso”, afirmou a respeito da enquete. Zezé apresentou o clipe do rapper MV Bill, O bagulho é doido. “Não sou diretor de cinema, mas tive essa ideia e gravamos”.
Segundo o presidente da Cufa, o vídeo traz um debate sobre responsabilidade, por mostrar que jovens de classe média que compram drogas financiam o tráfico. “Se a polícia pega alguém como eu vendendo drogas para um de vocês, o vendedor vai ser classificado como grande bandido e o consumidor a vítima”, afirma.
O final da palestra foi musical. Preto Zezé, a pedido da plateia, encerrou sua participação com um rap. Além dele, Ivanete Pereira, Coordenadora Institucional da Cufa RS, também cantou para se despedir dos presentes.
À tarde, acompanhado de Manoel Soares, Coordenador Geral da CUFA RS, Preto Zezé fez um bate papo com a turma da PUCRS, falando um pouco mais sobre seus projetos e sobre a CUFA.
Foto: Maria Helena Sponchiado
Fonte: Júlia Merker
http://eusoufamecos.uni5.net/24set/a-periferia-no-palco-do-set/
Paródia do gingle da RBS TV - Escola Paulo VI
Os alunos do 4 Ano C da Escola Paulo VI, realizaram um projeto sobre comunicação sobre orientação da
Meu olhar é prá você
Estou sempre ligado com emoção
na tua grade de programação
escutei o teu canto, não resisti
estou aqui para te aplaudir
Dou Bom Dia ao Rio Grande
ao povo da TV
e no Jornal do Almoço eu adoro ver
A Cristina, O Santanna, O Britto e o Lasier
O Manoel no Diário vem mandando ver
Pŕa fazer a TV que a gente vê
Agradecemos e estamos juntos com você
A manchete que vem do jornal
é Zero Hora è sensacional
Pŕa fazer a TV que a gente vê
(BIS) agradecemos e estamos juntos com você
Na previsão não vai dar temporal
bastidores , externas , tudo é legal
È patrola, È Regina, Mallmamm e Eloi
È Macedo na Radio
Tudo isso me dói
Obrigada por tanta informação
RBS tu moras no meu coração
pra fazer a TV que você
Agradecemos e estamos juntos com você
Igualdade Racial pauta audiência e lota plenário
Canoas tem tido avanços significativos na abertura de canais, debates e orientação de diretrizes sobre a igualdade racial na educação; mas há ainda muito o que fazer aqui e em todo o País. Essa foi a tônica comum entre as intervenções realizadas na noite desta segunda-feira, 12, na Câmara Municipal de Vereadores de Canoas durante a audiência pública para a discussão referente às Leis nºs 10.639/2003 e 11.645/2008 (legislações que tratam sobre o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação das Relações Étnico-Raciais para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígenas).
As distâncias entre a legislação e a prática para as abordagens da história do negro nas escolas orientou o debate durante essa audiência, que durou cerca de 2h. “No ano internacional do afro descendente, esse é mais um esforço para que essa legislação saia de vez do papel”, afirma a titular da Coordenadoria Municipal de Políticas para a Igualdade Racial (COPIR), Maria Aparecida Mendes. O evento foi realizado a partir de uma parceria da Prefeitura de Canoas, por meio da COPIR, com a Câmara de Vereadores de Canoas e contou com a participação de professores, estudantes, lideranças civis, ativistas do movimento negro, gestores públicos e parlamentares.
Na platéia, nomes expressivos no âmbito público e civil, como o histórico ativista do movimento negro gaúcho, Waldemar Moura Lima (“Pernambuco”) e o titular da 27ª Coordenadoria Regional de Educação do RS - que tem sede em Canoas - Edson Portilho. Coordenado pelo presidente da Câmara, Cesar Augusto Ribas Moreira, e aberto pela titular da COPIR, Maria Mendes, a audiência envolveu a exposição das políticas municipais sobre esse tema e a problematização sobre a visibilidade as formas de tratamento da cultura afro-brasileira no cotidiano escolar, para além dos currículos.
Livros, currículos e consciências
A partir de uma exposição, realizada com o apoio do gestor do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Alexandre Rosa, a secretária adjunta de Educação de Canoas, Marta Ruffato expõs as iniciativas já realizadas no município como parte do processo de implementação da lei 10.639. “Temos desenvolvido um trabalho sobre diversidade étnica que se orienta por tripé: formação, material didático-pedagógico e pesquisa”, relata Rosa.
Além de projetos e ações estimulados nas escolas locais, foram destacadas iniciativas onde esse tema foi pautado, como o 1.º Seminário Internacional de Educação Continuada e diversidade, o 1.º Seminário sobre educação étnico-racial e o curso de formação sobre diversidade. “Desde que assumimos, temos tido como desafio essa bandeira. Não é somente colocar a questão da igualdade racial no currículo, mas debater com os professores a importância de tais abordagens”, salienta a secretária. A intervenções dos presentes também envolveram referências e personalidades históricas na luta contra o preconceito, como Boaventura de Souza Santos, João Cândido, entre outros.
Veja abaixo as manifestações de lideranças que se manifestaram:
“É preciso fazer essas legislações sobre a igualdade racial interagir, em uma perspectiva transversal, com todas as dimensões da cidade”
Marta Ruffato, secretária adjunta da SME de Canoas
“A diversidade e o reconhecimento das diferenças não nos permite sermos melhores ou piores, mas encontrar caminhos sobre como podemos conviver humanamente. E esse momento da política de Canoas é muito fértil para essa discussão”
Roberto Santos, coordenador do curso de história da Ulbra Canoas
“Não basta que as leis sejam construídas, senão acompanharmos a execução de cada palavra, de cada documento”
Presidente do Conselho Municipal de Educação, Maria Cristina Gobbi
“Quero parabenizar Canoas pela resistência de seus educadores em trabalharem esses conteúdos em sala de aula. Mas é preciso recontar a história e sensibilizar os gestores dos 496 municípios do estado, no sentido de sensibilizar os conselhos municipais de educação para essa questão”
José Antonio dos Santos da Silva, Coordenador do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-racial do Estado do RS
“A diversidade é a riqueza de um povo e de uma nação, mas há também a necessidade de se afirmar a igualdade entre negros e brancos. Não existe nenhuma tese que justifique biologicamente essa diferença. O negro não foi um imigrante, mas foi arrancado a força de sua terra, e assim trazido para ser explorado e oprimido”
Carrion Júnior, Deputado Estadual (representando o presidente da Assembléia Legislativa do RS, Adão Vila Verde).
Ronaldo M. Botelho
MATERIA PUBLICADA NO JORNAL DIÁRIO DE CANOAS
Feira de Trocas de Livros 2011
Para participar é simples: traga os livros que você já leu e troque por aqueles que você quer ler! Além de atualizar sua coleção, a troca ajuda a diversificar o acervo das bibliotecas. Serão centenas de publicações esperando serem trocadas - e retrocadas - pelas mais de 10 mil pessoas que frequentam o evento anualmente.
O evento é organizado pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, através da Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães, e acontecerá das 10h às 17h. Uma eventual chuva não será problema: a proteção às pessoas e às páginas será garantida por uma estrutura coberta.
Uma dica importante: não traga dinheiro nem cartão de crédito, indispensável serão as mochilas, as sacolas, os carrinhos de feira... Tudo que possa facilitar o transporte da principal atração do dia: os LIVROS.
O QUE: 10ª Feira de Troca de Livros de Porto Alegre
QUANDO: 25 de setembro (domingo), das 10h às 17h.
ONDE: Parque Farroupilha (junto ao Monumento ao Expedicionário).
INFORMAÇÕES: 3289 8079 / 3289 8078.
bibliot@smc.prefpoa.com.br
COLUNA MANOEL SOARES - DIÁRIO GAÚCHO
Racismo doce
Sempre que falo sobre racismo ou outras formas de preconceito as pessoas pensam que é porque sou negro, parte desse pensamento é verdade, o fato de ser negro me faz saber experiencialmente o peso de ser sub-julgado por conta de uma característica física. Porém, minha luta não é em causa própria, não é em favor dos negros, mas em favor do que acho certo. Existem leis que são falhas, que não correspondem ao que é justo, neste e em outros assuntos. As leis um dia permitiram que pessoas fossem espancadas, vendidas e escravizadas, hoje essas leis são repugnadas por nós, assim como nossa lei de hoje um dia será motivo de vergonha para as gerações futuras. Mas se as leis não são nosso norte, o que devemos seguir então? Acredito que o bom senso, a capacidade natural de se colocar no lugar do outro, essa deve ser nossa meta sempre, se assim fizermos a chance de nos rendermos aos pré-conceitos é mínima. Estão chegando a mim muitas histórias de crianças negras que são tratadas de maneira hostil pelos colegas na escola, as professoras se defendem dizendo que fazem de tudo para que isso não aconteça, por outro lado não podem fazer nada se os pequenos reproduzem as lições aprendidas em casa. Estes dias li em um twitter que o berço é o adubo do preconceito, sou obrigado a concordar, as palavras ditas no ultimo domingo pelo ator Robrigo Lombardi no Domingão dos Faustão na final da Dança dos Famosos indica isso. Ele disse que apesar de ser negro, baixinho e caolho o cantor e dançarino Sammy Davis Junior no palco parecia um loiro, alto de olhos azuis. Quem disse que o bonito é assim? Na ignorante inocência de suas palavras o ator global vomitou o mais doce preconceito que mora em milhares de corações que reproduzem o conceito de sucesso imposto por uma educação social baseada em um ideal quase nazista. Cabelo ruim, nuvem negra, passado negro entre outros termos fazem parte desse cotidiano racista que nos invade diariamente. Convém lembrar aos que ficam pessimistas que a vida já foi bem pior, convém lembrar aos otimistas que poderia ser bem melhor e aos realistas que cabe a nós mudar o que acreditamos estar errado.