CUFA no Seminário do GHC

Grupo Hospitalar Conceição realiza Seminário Interdisciplinaridade

Na última sexta-feira, dia 06 de agosto, a CUFA RS participou do Seminário promovido pelo Grupo Hospitalar Conceição em parceria com o Ministério da Saúde, que teve como tema Interdisciplinaridade: pensando a rede de atendimento no campo do consumo de crack e outras drogas.


Alberto Beltrame, Secretário de Atenção à saúde e Presidente do Conselho de Administração do GHC

O evento que lotou o Centro de Convenções da FIERGS,foi aberto chamando atenção para a necessidade de se efetivar as redes locais de atendimento e tratamento. Para Rodrigo de Morais, Promotor de Justiça e Gerente de Projetos Estratégicos do Ministério Público, “não adianta participar de debates, seminários e atividades que fomentem a formação de redes e voltar para seu local de trabalho e continuar no seu quadrado”.


Centro de Convenções


Rodrigo de Morais, Promotor

Na primeira mesa do Seminário, Políticas Públicas e Saúde Mental, o assessor técnico da Coordenação de Saúde Mental , álcool e outras drogas do Ministério da Saúde, Francisco Cordeiro, comentou que os profissionais da saúde em geral sabem o que fazer no atendimento ao usuário de droga porém, precisam aperfeiçoar o atendimento básico, de escuta e acolhimento.


Francisco Cordeiro do Ministério da Saúde

Para ele, “o material humano tem que se estruturar para o atendimento e para diminuir o sofrimento das pessoas”. Ainda segundo Francisco, devem ser criados mecanismos para tornar os postos de atendimento mais atrativos para que as pessoas busquem os serviços. E ainda criar estratégias para levar os serviços ao encontro de usuários nos seus locais de uso e que, por algum motivo, não vão aos postos de atendimento.

Durante as falas dessa primeira mesa, foi percebido que muitos paradigmas e estígmas ainda devem ser quebrados e novas práticas devem ser adotadas, deixando de lado preconceitos e julgamentos moralistas. Todas as ações devem respeitar os direitos humanos, levando em conta as vivências dos usuários e o “conhecimento” que este tem e que, outra pessoa não usuária, nunca terá.

A última mesa, Cenas da Intersetorialidade II, abordou principalmente sobre a influência positiva das práticas culturais e educacionais para a prevenção e tratamento ao uso de drogas e nos processos de formação de cidadãos.


última mesa do seminário

Participando desta mesa, a Coordenadora Institucional da CUFA RS, Ivanete Pereira, falou de sua tragetória dentro da CUFA com o teatro de rua. Mostrou o que ela, como cidadã, está fazendo para contribuir no desenvolvimento social de crianças e jovens do Morro Santa Tereza, em Porto Alegre. Apresentou também as experiências com oficinas de fotografia, junto às mulheres, que visitou diversas cidades do Estado, trabalhando o olhar mais humano dentro das realidades de cada uma.

Coordenadora Institucional da CUFA RS, Ivanete Pereira

“Foi bom saber o que o Estado está fazendo em prol da população afetada. Pessoas com conhecimento acadêmico passando informações que farão a diferença para quem estava lá. Após as falas sobre a exposição e a vulnerabilidade que fica o dependente, a questão da dependência rápida e a necessidade de haver equidade, muitos questionamentos surgiram e pudemos ouvir de profissionais da área dizer, por exemplo, que pessoas não são iguais o tratamento que pode dar certo com um, pode não dar certo com outros”, complementa Ivanete Pereira (CUFA RS).


Mostra dos trabalhos da CUFA RS

Ainda para Ivanete, “foi bom ouvir pessoas elogiarem o que a cufa está fazendo pensando intersetorialidade e é necessário que aconteça porque a população afetada e seus familiares precisam ser amparados”.

CUFA RS


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